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Açores
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Em nove ilhas, não há uma que não o deixe de boca aberta. Uma imensidão de verde, lagoas e cascatas, de braços dados com o Atlântico. O arquipélago dos Açores é uma experiência única. Da natureza à gastronomia, há um mundo por descobrir entre Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.Não é na Nova Zelândia, é em Portugal. Parece difícil de acreditar, mas a verdade é que não há paisagem nos Açores que faça jus a qualquer fotografia ou postal que se possa mostrar. Tudo é mais impactante do que parece, mais bonito do que se imagina. Começando desde logo por São Miguel, a maior ilha do arquipélago. É aqui que fica, uma das maiores imagens de marca dos Açores, a Lagoa das Sete Cidades, a maior de todo o arquipélago e que impressiona pela sua variação de cores (uma lagoa é verde e outra azul). Há vários miradouros para lavar as vistas, o mais conhecido dos quais é a Vista do Rei, uma paragem obrigatória para quem está em São Miguel. Em dias limpos, vê-se a Lagoa das Sete Cidades de um lado e a zona de Feteiras, do outro. É aqui que fica o Hotel Monte Palace, abandonado desde os anos 1990 e hoje procurado também para muitas sessões fotográficas.

Lavar as vistas é parte essencial de uma viagem aos Açores, seja em que ilha for. Há miradouros por todo o lado, praias de mar e praias fluviais, jardins e florestas impressionantes. Há vacas que parecem andar à solta, e não as estranhe porque vivem felizes a pastar, e produtores que contam a sua história em produtos de qualidade.Aconteça o que acontecer não se esqueça que a “origem dos Açores está gravada nos 1766 vulcões que existem neste arquipélago, nove dos quais ainda ativos”, como destaca o Turismo de Portugal. E porque é que é importante lembrar isto? Porque é isso que faz com que sítios como a Caldeira Velha ou o Parque Terra Nostra sejam especiais, afinal onde mais é que poderia mergulhar em piscinas e poças naturais de água a ferver a escorrer das pedras? É também a actividade sísmica que faz do cozido das Furnas uma refeição imperdível, cozinhado debaixo de terra.

É, porém, na ilha do Pico que pode ter a experiência de subir ao vulcão. A Montanha do Pico, o terceiro maior vulcão do Atlântico e a mais alta montanha de Portugal, tem 2351 metros de altitude. A subida até ao topo é intensa e nada fácil, mas as vistas panorâmicas são únicas e compensam. O mais difícil, na verdade, é a descida, que acaba por levar mais tempo do que a subida.O Faial, que se avista do Pico, alcança-se através de uma rápida viagem de barco, e a garantia é a de que a paisagem continua a ser verde e deslumbrante, à semelhança, na realidade, de todas as outras ilhas.

Para conhecer o arquipélago de uma vez, é preciso tempo, ou várias viagens. Sendo certo que São Miguel, Pico e Terceira são habitualmente as ilhas que se destacam no radar, nenhuma é de deixar de fora, nem mesmo o Corvo, a mais pequena com uma área de apenas 17,1 km2 e menos de 400 habitantes – dificilmente, encontrará aventura mais especial.