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Algarve
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É um dos principais cartões de visita nacionais e não é difícil perceber o porquê, a começar desde logo pela costa invejável com algumas das melhores e mais belas praias do país, além do clima irresistível, onde até nos dias mais frios o sol não deixa de brilhar. Mas não se deixe enganar: é nos mais quentes que o Algarve se revela em todo o seu esplendor. Sabe e cheira a mar, tem gosto de férias, mesmo quando não se está de férias.De Odeceixe a Vila Real de Santo António, há um mundo para descobrir. Da beleza indomável da Costa Vicentina ao encanto natural da Ria Formosa, são as praias o principal atractivo, mas não se pense que são todas iguais. Em comum, a água cristalina e a areia branca fina. Já a paisagem vai mudando ao longo da costa. Veja-se Odeceixe, na fronteira com a Costa Alentejana, a primeira praia algarvia, encaixada num cenário muito particular, banhada de um lado pela ribeira, e do outro pelo mar. A Costa Vicentina prolonga-se, na verdade, até à Praia do Burgau, em Vila do Bispo, escondendo até lá, entre escarpas imponentes tão características da zona, praias como Amoreira, Monte Clérigo, Arrifana, Carrapateira ou Amado, estas últimas muito procuradas por praticantes de surf e bodyboard.É depois do Cabo de São Vicente junto a Sagres, onde o Algarve faz uma curva, que estão as águas mais tranquilas. O mar ganha um temperamento menos agitado e também uma temperatura mais amena, não muito longe das características mediterrânicas. É também aqui que ficam alguns dos postais mais conhecidos do Algarve, praias entre falésias e rochedos dourados esculpidos pela erosão, como acontece na Praia do Camilo ou a Praia do Vau. A vista mais impressionante consegue-se, ainda assim, na Ponta da Piedade, a dois quilómetros de Lagos, onde o azul esverdeado das águas banha as falésias amareladas, esculpidas pelo mar e pelo tempo. Lá em baixo, são várias as grutas e baías resguardadas e só acessíveis de barco – todos os dias, são vários os operadores a organizar visitas às grutas.

Algumas das praias mais badaladas, e também das mais cosmopolitas e concorridas, ficam entre Lagos e Faro, da Praia da Rocha, em Portimão, às Praias da Galé e da Oura em Albufeira e em Vilamoura. Por aqui, não há dias curtos nem noites que não sejam longas e animadas.

E depois ainda há o Parque Natural da Ria Formosa, eleito como uma das sete Maravilhas Naturais de Portugal. Fica entre a península do Ancão no concelho de Loulé e a Manta Rota, no concelho de Vila Real de Santo António. Ao longo de 60 quilómetros da costa, a Ria é um labirinto de canais, ilhas, sapais e bancos de areia. Às praias – da Culatra, da Armona, da Fuseta, da ilha de Tavira, de Cabanas ou de Cacela Velha – chega-se quase sempre de barco. Os areais são longos, quase selvagens, e o mar é paradisíaco, à semelhança, aliás, de Manta Rota, Altura, Praia Verde ou Monte Gordo.

Tudo sempre em comunhão com a serra, não fosse o Algarve esta união perfeita da natureza. À mesa, já se sabe, reina o peixe e o marisco.