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Aquário Vasco da Gama
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É um dos aquários públicos mais antigos do mundo, inaugurado a 20 de Maio de 1898, celebra este ano os seus 125 anos. O aquário-museu nasce no âmbito das comemorações dos 400 anos da descoberta do Caminho Marítimo para a Índia por Vasco da Gama. O nome é, por isso, uma homenagem ao navegador português. A inauguração fez-se, na altura, com pompa e circunstância, na presença da família real, não fosse D. Carlos I um pioneiro da oceanografia no país.Na história do Aquário Vasco da Gama, que pertence à Marinha Portuguesa, conta-se que o monarca se havia dedicado sobretudo ao estudo dos peixes marinhos de profundidade. A sua colecção está exposta quase desde o início, mas foi com a recente requalificação do aquário que foi recriada também a biblioteca do rei. Os livros, que até então, estavam guardados, estão agora expostos ao público e em breve ficarão disponíveis para consulta. E esta é só uma das últimas novidades do aquário, que se viu obrigado a reinventar para continuar a fazer parte da memória de gerações, como tem acontecido até aqui.

Desde sempre que o Aquário Vasco da Gama, um aparente pequeno edifício em Algés, quase junto à linha do rio, é motivo de romarias de famílias e escolas. À entrada, um pequeno jardim com tanques repletos de peixe. No interior, são cerca de 90 aquários e tanques com mais de 300 espécies marinhas vivas, animais e vegetais. Talvez não saiba, mas o aquário tem um barco, de 17 metros de comprimento, que usa para capturar algumas das espécies da exposição dedicada à fauna da costa portuguesa, ainda que muitas sejam provenientes de ofertas de pescadores interessados em contribuir para a divulgação da diversidade de seres aquáticos que habita o nosso território, entre moluscos, peixes marinhos, peixes de água doce, aves aquáticas e tartarugas.Hoje, o Aquário Vasco da Gama está mais moderno, mantendo-se a sua missão de sensibilizar as pessoas para a necessidade da preservação do ecossistema, com foco na costa portuguesa. Há uma nova museografia nos seis espaços expositivos museológicos e foi levada a cabo uma reestruturarão das galerias vivas. Os animais marinhos de grande porte desapareceram do aquário por não terem espaço para viver com as condições adequadas. No tanque que outrora foi das otárias, por exemplo, nasceu um espaço completamente interactivo, onde se destaca um ecrã gigante com 20 metros quadrados, onde é possível explorar as diferentes espécies. A ideia é que este represente uma janela para o oceano, possibilitando um mergulho às suas profundezas. O próprio chão é interactivo, parecendo que se está a caminhar e a chapinhar na água. É um piscar de olhos às crianças, desafiando-as a descobrir os peixes que ali habitam em cativeiro, maioritariamente, peixes nativos da costa atlântica. Para os mais novos, há mesmo duas mesas interactivas, onde os peixes desenhados por si ganham vida e saltam para o grande ecrã. O Aquário Vasco da Gama adoptou uma linguagem mais acessível e didáctica para que, de forma lúdica, a mensagem continue a passar.

Se é verdade que é pelos animais que a maioria dos visitantes aqui chega, percebe-se também que o Aquário Vasco da Gama reúne um importante espólio museológico.