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Um paraíso a meia hora de Lisboa, Cascais é, cada vez mais, um porto seguro, em qualquer altura do ano. Destaca-se pelas suas praias, mas também pela vida tranquila e segura que promove. É acordar com os olhos no mar, longe da azáfama citadina. É sentir que se está de férias, mesmo quando não se está de férias.Com uma costa marítima de 30 quilómetros, as praias da Linha servem a todos os planos. Das mais concorridas às mais selvagens, o mais difícil pode ser escolher onde estender a toalha, entre Carcavelos e o Guincho. Não é um acaso que Cascais tenha sido escolhido como destino habitual de férias da família real portuguesa, a partir de 1870. A água é cristalina, a areia é fina. Há praias com ondas que pedem pranchas e queda para a aventura, mas também as há tranquilas, quais piscinas naturais, perfeitas para dias em família. O melhor de tudo é que mesmo em plena vila de Cascais consegue ir a mergulhos. Veja-se o exemplo da Praia da Conceição, que deve o nome à capelinha ali erguida em honra de Nossa Senhora da Conceição, e que marca o início do paredão, que se estende até à Azarujinha, em São João do Estoril, com passagem por duas piscinas oceânicas (Alberto Romano, junto à praia das Moitas, e Tamariz, na praia com o mesmo nome). Na própria Baía de Cascais, talvez o postal mais icónico da zona, é possível entrar no mar.Como boa terra de mar, o peixe e o marisco são mais um chamariz para a vila – e há casas históricas bem famosas por aqui. De restaurantes de chef e comida tradicional, a petiscos e comida do mundo, são muitas as mesas que valerá a pena reservar. A própria Marina de Cascais tem vindo a ganhar uma nova vida, depois de umas obras de requalificação, mostrando-se como uma opção não só para almoçar ou jantar, mas também para se beber um copo. Cascais tem, aliás, muita vida à noite e a prova disso é, por exemplo, a Rua Amarela, um pequeno troço, escondido entre ruelas, fechado ao trânsito e servido por vários restaurantes e bares.Além disso, Cascais notabiliza-se também pelo seu Bairro dos Museus, um encontro de importantes instituições culturais, encabeçado pela Casa das Histórias – Paula Rego, que guarda num icónico edifício de Eduardo Souto de Moura, algumas das obras da artista portuguesa, nome maior das artes. Do outro lado da estrada, fica o Centro Cultural de Cascais, casa da Fundação D. Luís I, com uma agenda preenchida. Há ainda a Casa Sommer, o Museu Conde Castro Guimarães e a Casa de Santa Maria, esta última, junto à Marina de Cascais, é, provavelmente, dos sítios mais fotografados da vila, com o farol logo à frente. Projectada por Raul Lino, um dos mais marcantes arquitectos portugueses do século XX, a Casa de Santa Maria é hoje parte indissociável da paisagem cascalense.
Paisagem, essa, que também se pinta de verde. Não falamos dos campos de golfe, mas podíamos, porque existem (e são sete), mas de parques e jardins como o Marechal Carmona, um dos pulmões de Cascais. Integra os jardins do Palácio dos Condes de Castro Guimarães e da propriedade do Visconde da Gandarinha, tem dois parques infantis e relvados extensos, além de percursos e recantos românticos. Não estranhe os patos, os galos e os pavões que se passeiam livremente. Fazem parte da vida dali, só não os alimente porque os guardas não deixam.