0:00 / 0:00
Madeira
Ver Mais

Chamam-lhe a pérola do Atlântico, uma preciosidade em forma de ilha. Destaca-se a paisagem deslumbrante, 800 quilómetros quadrados feitos de postais, do mar azul profundo e cristalino às montanhas acima das nuvens, da floresta mágica aos muitos e coloridos jardins. Madeira é significado de bem-estar, independentemente da altura do ano. É bom tempo que espreita, mesmo quando chove. É água que convida a mergulhos, cascatas que se fazem sentir, grutas e miradouros para se descobrir, trilhos e levadas para se fazer.A menos de duas horas de avião de Lisboa, a ilha da Madeira é um destino que vale a pena considerar por tudo o que tem para oferecer. Cheira a flor e a fruta, sabe a campo e a mar. Tem história e tem praia. Tem gastronomia e vida fora de horas. Tem actividades de bem-estar e de aventura. Em cada esquina, uma vista de encantar, em toda a parte o mar. Mar, esse, cuja temperatura não varia demasiado ao longo do ano, mas que nos meses mais quentes se mantém, habitualmente, nos 22 ºC. Se é verdade que as praias de areia paradisíaca ficam em Porto Santo, acessível por voos que levam 15 minutos, ou via ferryboat, numa viagem um pouco mais longa, também é verdade que mesmo na Madeira há vários areais para se aventurar, como as praias da Calheta e do Machico. A mais famosa, porém, é a praia de areia negra e fina do porto do Seixal, na costa norte, encastrada num cenário arrabatador de montanha. Há ainda as piscinas naturais, do Porto Moniz e do Seixal, onde o mar entra naturalmente, preenchendo de água salgada os recintos feitos de rochas de origem vulcânica.

Ao largo da costa, há passeios de barco para observação de golfinhos e baleias – e num dia bom consegue entrar na água para sentir de perto os animais. Deixando o mar e subindo à montanha, há cenários que parecem saídos de Hollywood, como o Fanal, uma vasta mancha de floresta laurissilva, classificada como Património Mundial Natural pela UNESCO, ou o Pico do Areeiro, o ponto mais alto do arquipélago, com uns imponentes 1862 metros, um autêntico cartão postal – aqui fica, aliás, um dos muitos trilhos disponíveis na ilha.Descendo ao Funchal, há vida na cidade que já conta quase 600 anos de história. O passado e o presente encontram-se em ruas estreitas, entre restaurantes, bares e lojas. O Mercado dos Lavradores é um dos ex-libris, um festival de cor onde se encontram frutas que não se encontram em mais lado nenhum. Nas traseiras do mercado, ficam as bancas de peixe, onde primam os peixes-espadas e os atuns apanhados ali na costa – não é por acaso que estão em quase todos os menus dos restaurantes, acompanhados quase sempre de milho frito. À mesa, prove ainda as lapas, o bolo do caco e as icónicas espetadas em pau de louro.Um plano infalível, perfeito para apreciar as vistas e a baía surpreendente do Funchal, é subir do Funchal à zona do Monte de teleférico. Uma vez lá em cima, aproveite para conhecer o Jardim Tropical Monte Palace e a Igreja do Monte, onde se encontra o túmulo de Carlos de Habsbourg, último imperador da Áustria. Para voltar ao Funchal, o caminho faz-se nos carros de cestos, sem medo. Produzidos artesanalmente com vimes e madeira, têm lugares para duas ou três pessoas, e são conduzidos e controlados por dois carreiros, trajados de branco e com chapéu de palha na cabeça, que utilizam as próprias botas, equipadas com grossas solas de borracha de pneu, como travões do veículo. O percurso tem cerca de dois quilómetros e leva uns dez minutos – até vai saber a pouco.