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Museu Calouste Gulbenkian
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É um dos mais importantes museus do país, nascido para abrigar a colecção de arte de Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955), o arménio que, com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, se fixou em Lisboa, depois de ter vivido em Londres e em Paris. Coleccionador de arte apaixonado, Gulbenkian reuniu, ao longo da sua vida, um acervo composto por mais de seis mil peças, que compreendem um período que vai desde a Antiguidade até ao princípio do século XX. Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, que tem como missão “melhorar a qualidade de vida das pessoas através das artes, beneficência, ciência e educação”, Gulbenkian apega-se de tal forma às obras que vai adquirindo que acaba a considerá-las “suas filhas”. O museu, um projecto dos arquitectos Ruy Jervis d’Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa, era um desejo antigo, mas acabou por inaugurar já depois da sua morte. Calouste Sarkis Gulbenkian morreu em 1955, aos 86 anos, e o Museu abriu portas 14 anos depois, em 1969.Expostas nas galerias do museu estão cerca de mil peças, distribuídas pelos núcleos de Arte Egípcia, Greco-Romana, Mesopotâmia, Oriente Islâmico, Arménia e Extremo Oriente. Na arte ocidental, a colecção divide-se por áreas dedicadas à pintura, à escultura, à arte do livro e às artes decorativas francesas do século XVIII, sem esquecer o espaço dado ao acervo do mestre joalheiro René Lalique.

Van der Weyden, Cima da Conegliano, Peter Paul Rubens, Anton van Dyck, Frans Hals, Rembrandt, Francesco Guardi, Jean-Honoré Fragonard, Pierre-Auguste Renoir, Édouard Manet, Edgar Degas e Claude Monet são alguns dos artistas expostos na pintura, enquanto na escultura se encontram obras de Jean de Liége, Andrea della Robbia, Jean-Baptiste Pigalle, Jean-Baptiste Carpeaux e Auguste Rodin, além da obra-prima da escultura francesa do século XVIII, a representação em mármore da deusa Diana, de Jean-Antoine Houdon, que pertenceu a Catarina da Rússia, e que Gulbenkian adquiriu ao Museu Hermitage em 1930.Do Museu Calouste Gulbenkian faz ainda parte o Centro de Arte Moderna, que reúne, actualmente, mais de dez mil obras de diferentes tipologias, entre pinturas, esculturas, instalações, desenhos, gravuras, fotografias, filmes e vídeos. A colecção, em constante evolução graças a novas aquisições e doações, foca-se na arte moderna portuguesa, o desde o início do século XX até à actualidade, e conta no catálago com nomes como Amadeo de Souza-Cardoso, Paula Rego ou Maria Helena Vieira da Silva.

Falta dizer que o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian é único e vale uma visita só por si. Projectado nos anos 1960, por António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, é um dos jardins mais emblemáticos do país e uma referência na arquitectura paisagista portuguesa. Repleto de recantos escondidos entre a vegetação, é possível fazer vários percursos por entre caminhos de pedra que ora atravessam o lago e as suas ribeiras, ora um auditório e grandes relvados.

Vale ainda a pena ficar atento à programação Gulbenkian Música: há concertos sinfónicos e encenados, ópera, recitais, cine-concertos e música de câmara.