Entre numa experiência com elevação a 145 metros de altura e tenha uma perspetiva emocionante da cidade de Lisboa.

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Nazaré

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A Nazaré é, hoje, sinónimo de ondas gigantes. Todos os anos, entre Outubro e Março, a romaria à Praia do Norte repete-se para ver surfistas de todo o mundo desafiarem o “Canhão da Nazaré”, que entrou pela primeira vez para o Guiness em 2011, quando o norte-americano Garrett McNamara surfou uma onda de 23,77 metros. O recorde actual da maior onda surfada, também aqui na Praia do Norte, pertence ao alemão Sebastian Steudtner com 26,21 metros. E não se pense que mulheres não se aventuram também: a brasileira Maya Gabeira é detentora do recorde da maior onda surfada por uma mulher (22,40 metros).

O fenómeno é conhecido e não é para corações fracos, mesmo que entrar no mar não esteja nos planos. As ondas são impressionantes, fruto de um raro fenómeno geomorfológico. Basicamente, o “Canhão” é um desfiladeiro submarino – o maior da Europa, e um dos maiores do mundo, com cerca de 200 quilómetros de comprimento e cinco quilómetros de profundidade. “Este fenómeno consiste numa falha na placa continental, que começa a definir-se a cerca de 500 metros da costa, e permite a canalização da ondulação para a Praia do Norte, quase sem obstáculos pelo caminho, o que explica a criação de ondas consideravelmente maiores que a restante costa portuguesa”, lê-se no site da Praia do Norte, onde é possível também saber sempre as previsões das ondas. No Forte de São Miguel Arcanjo, fica o Centro Interpretativo do Canhão da Nazaré, para aqueles que quiserem saber mais sobre este evento.

Mas como boa vila piscatória, são mais os encantos da Nazaré. A praia que banha a vila, em forma de meia-lua, tem um dos areais mais concorridos do Oeste – e não será exagero dizer que é também um dos mais bonitos. As filas de barraquinhas coloridas às riscas que foram desaparecendo das praias portuguesas mantêm-se uma tradição, tal como as peixeiras que ainda usam as tradicionais sete saias e que secam ao sol, sobre estacas de madeira, vários peixes, habitualmente carapaus, batuques, sardinhas, petingas, cação e polvo – uma técnica antiga que nasceu da necessidade de preservar o peixe para dias de escassez. Seguindo o paredão, o Estindarte, como se chama na terra ao estendal de secagem do peixe, fica a sul da praia, quase em frente ao Centro Cultural da Nazaré. Se quiser experimentar, não hesite em comprar. Nem pense, porém, que só de peixe seco se faz a gastronomia da zona. Pelo contrário, o peixe fresco é rei em qualquer restaurante, seja servido grelhado, em cataplana ou numa bela caldeirada.

26,21

Metros da maior onda surfada na Nazaré

200

Quilómetros de comprimento do Canhão da Nazaré

5

Quilómetros de profundidade do Canhão da Nazaré

Para fazer a digestão, vale a pena calcorrear as ruas pitorescas e descobrir a história da Nazaré em cada esquina. A subida ao Sítio, no topo do promontório, é obrigatória. Não há nada que nos prepare para a vista panorâmica de tirar o fôlego: a praia e a vila logo abaixo, a serra de Mira de Aire e a serra dos Candeeiros ao fundo, a costa até Peniche (em dias limpos, ainda se consegue avistar a ilha das Berlengas). O ideal é subir através do ascensor com uma história com mais de um século e que liga o centro da vila ao seu ponto mais alto – uma experiência por si só. No Sítio, fica o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, motivo de várias peregrinações. Se tiver com tempo, descer a Ladeira do Sítio, com um caminho arranjado, é sempre uma forma de apreciar a paisagem.

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Aventure-se na Nazaré.

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