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É tema de canções, serve de cenário à televisão e ao cinema, é peça central de pinturas e fotografias, inspiração de tantos artistas. Protagonista inconfundível também da VASCO DA GAMA TOWER BABYLON 360°. O rio que compõe a paisagem de Lisboa tem mais para contar do que as margens que lhe conhecemos.Tagus em latim, Tajo no país vizinho, onde nasce, na serra de Albarracin, a 1593 metros de altitude, é o maior rio da Península Ibérica, percorrendo cerca de mil quilómetros até desaguar no oceano Atlântico, junto a Lisboa – em São Julião da Barra, Oeiras, para sermos mais precisos. Pelo caminho, e ainda em Espanha, contribui para a beleza ornamental dos jardins de Aranjuez e do seu palácio real, banhando de seguida a monumental cidade de Toledo. Mais adiante, serve de fronteira entre os dois países até que, junto à foz do rio Sever, entra definitivamente em Portugal, separando a Beira Baixa do Alto Alentejo e atravessando depois o Ribatejo e parte da Estremadura. Ao Tejo estão intimamente ligadas povoações como Vila Velha de Ródão, Amieira, Abrantes, Constância, Tancos, Barquinha, Chamusca, Santarém, Muge, Valada, Vila Franca de Xira, Alhandra, Alcochete, Montijo, Moita, Barreiro, Seixal e Almada e até mesmo, já na sua barra, Paço de Arcos e Oeiras.Hoje, são vários os roteiros que se podem fazer para descobrir o Tejo nas suas diferentes caras. Se na zona de Santarém, por exemplo, se conta uma história, em Alcochete, já do outro lado da Ponte Vasco da Gama, o enredo é outro. É, aliás, aqui que fica a Reserva Natural do Estuário do Tejo com uma área de 14 mil hectares e que se estende até Vila Franca de Xira, classificada como área protegida desde 1976. Na altura, destacava-se como “o estuário do Tejo tem um papel fundamental do ponto de vista ecológico e económico, uma vez que nele se concentra todo o material biológico arrastado ao longo do curso do rio, o que transforma o estuário numa zona extremamente rica em seres vivos e de importância fundamental no povoamento da costa marítima”. Um papel que se mantém até hoje, chegando o estuário a receber mais de 120 mil aves, entre as quais se destacam os alfaiates os flamingos. No coração do Estuário, fica o Espaço de Visitação e Observação de Aves, que permite que os visitantes conheçam e desfrutem deste património único, com observatórios nas lagoas, diversos pontos de observação camuflados e um Centro de Interpretação.
Se em Lisboa, o mergulho não é aconselhado, existem ainda umas quantas praias fluviais não muito longe. E tesouros praticamente escondidos como o Castelo de Almourol, um monumento emblemático da Reconquista, situado numa ilhota a meio do rio Tejo, em Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém. O acesso só é possível de barco, o que por si só já é um programa.
Tal como em Lisboa, há diferentes passeios pelo rio. Dependendo da altura, pode mesmo conseguir avistar golfinhos, já que estes animais se tornaram habitués por cá – sabia que Lisboa é a única capital europeia onde se podem observar golfinhos em meio selvagem? E os avistamentos são cada vez mais comuns.