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Vasco da Gama
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Torre Vasco da Gama, Ponte Vasco da Gama, Centro Vasco da Gama, Aquário Vasco da Gama, Jardim Vasco da Gama… A lista de monumentos, sítios e entidades que foram buscar o nome a Vasco da Gama é extensa e não é só em Portugal, reflexo da importância e magnitude que o navegador e a sua descoberta da rota marítima para a Índia tiveram no curso da História.Nascido em Sines, em 1469 – acredita-se –, Vasco da Gama é filho de Estêvão da Gama, alcaide-mor de Sines, e Isabel Sodré. Não há, porém, muitos dados e registos sobre o navegador até à sua grande viagem. A existência de outros contemporâneos com o mesmo nome também não facilita a investigação. Para cúmulo, sabe-se que o seu pai, antes de casar, teve outro filho chamado Vasco da Gama. A primeira notícia mais certa que se tem a respeito do homem que se tornou herói da nação é relativa à “prima tonsura”, uma cerimónia religiosa, em 5 de Novembro de 1480. “A matrícula na Ordem de Santiago é o único facto da vida do navegador até 1492 devidamente documentado”, confirma a Câmara Municipal de Sines na biografia de Vasco da Gama, disponibilizada online.

Em inícios da década de 1490 era já cavaleiro da Ordem de Santiago e fidalgo da Casa Real, mas é em 1492 que surge a primeira referência inequívoca a Vasco da Gama, quando é apontado pelo rei D. João II para nos portos de Setúbal e do Algarve apreender os navios franceses como retaliação pela captura por piratas franceses de uma caravela portuguesa – uma tarefa que Vasco da Gama executou de forma rápida e eficaz.Tendo servido o rei D. João II como um experiente marinheiro, Vasco da Gama acabou em 1497 por ser escolhido por D. Manuel I para liderar a descoberta do caminho marítimo para a Índia. O navegador, que partiu de Lisboa a 8 de Julho de 1497, seguia como capitão-mor de quatro embarcações: a nau São Gabriel, comandada pelo próprio Vasco da Gama e cujo piloto era o experiente Pêro de Alenquer; a nau São Rafael, sob as ordens do seu irmão Paulo da Gama; a caravela Bérrio, que tinha como comandante Nicolau Coelho; e finalmente a nau de mantimentos, chamada Redonda, comandada por Gonçalo Nunes.

Depois de uma viagem atribulada, que contornou o continente africano e que seguiu então por mares desconhecidos, Vasco da Gama chegou a Calecute, na Índia, a 17 de Maio de 1498. Em Outubro do mesmo ano, tem início a viagem de regresso, chegando o navegador a Lisboa no Verão de 1499. Uma viagem gloriosa com uma recepção à altura, mas com um número alargado de perdas, entre as quais o seu irmão Paulo da Gama: dos cerca de 150 a 170 homens que tinham composto a tripulação, estima-se que tenham regressado pouco mais de um terço.

Com a descoberta, Vasco da Gama passou a ter lugar no Conselho Real, tendo-lhe sido concedidos os títulos de Dom e de Almirante da Índia. Ainda voltou mais duas vezes à Índia, a última das quais em 1524, ano em que adoece e acaba por morrer em Cochim. Mais tarde, os seus restos mortais foram trazidos para Portugal, encontrando-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.